Resumo Executivo da Pesquisa de Líderes Denominacionais sobre o Pastoreio de Pastores[1]
O MAPI, com a ajuda e assessoria da Eunice Zillner do departamento de pesquisas da Sepal, administrou uma pesquisa de líderes denominacionais e pastores na área de mentoria ou pastoreio de pastores. Os resultados preliminários e parciais sobre uma mostra de 108 desses líderes seguem abaixo. Continuaremos a fazer a pesquisa para que a mostra possa crescer e permitir melhores comparações entre grupos regionais, tipos de denominações, etc.
A grande maioria (87%) são homens entre a idade de 21 e 60, quase todos (94%) Dad, what happened with this?. Quase todos são ministros ordenados (98%), uma maioria (65%) tendo mais de 11 anos de ministério ordenado. Doze Estados são representados, com boa representação no Sudeste (33%), Nordeste (27%) e Sul (23%). Também temos um grupo de países de América Latina, principalmente Guatemala (11%). Uma maioria (58%) vive em cidades de um milhão ou mais.
A mostra inclui 60 denominações divididas entre históricas (59%), renovadas (14%) e pentecostais (27%). Quase um terço (29%) é de denominações pequenas de 10,000 para baixo, com um número maior de denominações de 10,000 até um milhão (52%), e um quarto dos respondentes (19%) de denominações acima de um milhão.
A mostra está razoavelmente bem dividida em dois grandes grupos: líderes denominacionais, para-eclesiásticos, capacitadores de pastores e professores de seminários teológicos (34%), e pastores e missionários (66%). Um quarto (28%) não supervisiona ou cuida de pastores, enquanto que um número parecido (33%) cuida de até dez pastores. Um quarto (28%) cuidam de 11 a 100 pastores e um grupo menor (11%) cuida de 100 pastores ou mais.
Quase todos (85%) sentem a necessidade de um mentor ou pastor em suas vidas e ministérios hoje. Uma maioria (59%) tem um mentor hoje e a grande maioria desse grupo está contente (47%) ou muito contente (38%) com seu mentor. Este número indica que o conceito de um mentor ou pastor de pastores tem ganhado certa aceitação entre muitos líderes. Muitos estão valorizando isso para suas próprias vidas.
Três quartos (75%) dos respondentes indicaram que 10% ou menos de seus pastores são pastoreados. Uma minoria (9%) indicou que 50% ou mais de seus pastores são pastoreados. Essas denominações podem servir como verdadeiros modelos para os outros, mostrando o caminho e compartilhando ferramentas. Como sempre se encontra nas pesquisas informais, as esposas de pastores recebem ainda menos cuidado pastoral, 84% dos respondentes indicando que 10% ou menos delas recebem cuidado pastoral.
Os respondentes indicaram as três maiores dificuldades ou impedimentos para pastores experimentarem um pastoreio ou mentoria em suas vidas, em ordem de prioridade (1, 2 e 3). Das sete áreas alistadas, três foram destacados por uma maioria dos respondentes. O maior problema foi dificuldade de confiar em outros (62%), seguido por falta de tempo ligado à tirania do urgente e o ativismo (57%). Podemos dizer que os obstáculos internos parecem ser maiores do que os externos quanto à procura de mentores.
Mais três problemas foram destacados por um bom número deles:
- Falta de motivação ou visão (44%)
- Dificuldade de encontrar um mentor (44%).
- Não entender como a mentoria funciona (37%)
Na pesquisa quase todos os respondentes indicaram quatro ou cinco nomes de pessoas que têm grande influência sobre a vida e ministério dos pastores de sua cidade ou estado. Em cada cidade ou estado, esses nomes devem ser considerados com carinho especial quanto a um convite para uma consulta estadual. Esta pergunta, na prática, pode ser a mais importante de todas se for usada para dar seguimento. Dad, this seems relevant for you and your team, but not very relevant for most people who will be reading this.
Perguntamos em quais áreas os respondentes sentiram que os pastores de suas denominações mais precisavam crescer. Escolhendo de uma lista de nove itens, os respondentes indicaram três que achavam que os pastores do seu círculo mais precisavam e mais três como áreas secundárias. As áreas mais escolhidas foram:
- A relação consigo mesmo (saúde emocional, caráter cristão) – 62%
- A relação com o cônjuge e filhos – 55%
- A relação com Deus – 47%
Através dos anos, pesquisas de necessidades de pastores acabam destacando a mesma área: sua relação com Deus. Esta pesquisa surpreende com dois destaques acima disso. O primeiro é um chamado claro quanto a valorizar a formação de vida, seja no caráter ou no lado emocional. Pastores carecem de discipulado ou mentoria quanto a formarem seu caráter, como também de aconselhamento ou ministério de restauração quanto ao lado emocional. O segundo destaque (sobre a família) aparentemente está começando a ser reconhecido como uma carência tão grande quanto a da relação com Deus.
De forma geral as seis necessidades relacionais foram bem mais ressaltados como carências do que as três habilidades ministeriais. A necessidade de crescimento quanto a conhecimento bíblico ou secular é realmente bem menos importante ainda. Aparentemente a maioria tem uma base boa quanto ao conhecimento e razoável quanto a habilidades ministeriais. Onde realmente querem crescer é em suas habilidades relacionais.
Nós refizemos a mesma pergunta, pedindo que os respondentes indicassem sua necessidade particular perante as dez opções. Uma maioria (54%) indicou sua relação com Deus como a primeira área de necessidade. O segundo e terceiro itens mais destacados foram bem menos ressaltados: a relação consigo mesmo (9%) e com um grupo pastoral (8%). Claramente a maioria dos líderes chaves pesquisados aproveitariam bem uma mentoria na área de sua relação com Deus.
Ampliamos a pesquisa pedindo que cada um indicasse as três áreas nas quais gostaria de crescer. Á luz disso, as três maiores prioridades para crescimento são:
1) A relação com Deus (67%)
2) A relação consigo mesmo (49%)
3) O casamento e família (41%).
A necessidade de crescer na relação com Deus fica em primeiro lugar, mas a metade também ressaltou a necessidade de crescimento na relação consigo mesmo.
Após as três áreas que acabamos de mencionar, entre um quarto e um terço dos que responderam destacaram os três seguintes itens como quarta a sexta prioridades:
4) A habilidade de discipular, mentorear ou formar vidas (35%)
5) A relação com um grupo pastoral (25%)
6) A relação com um mentor (24%)
De novo, outras habilidades ministeriais (5%) e conhecimento (2%) foram bem insignificativos em comparação com as áreas comentadas acima.
Pedimos também que os pastores indicassem as estratégias mais importantes para implementar o pastoreio de pastores em suas denominações. Dado a opção de indicar quantas quiseram entre doze estratégias, cada uma foi escolhida por pelo menos 59% dos respondentes. Isto indica que cada estratégia alistada é bastante válida e interessante.
Pelo menos um quarto dos respondentes destacou seis itens como uma das primeiras três estratégias escolhidas. Os primeiros itens em negrito abaixo também foram ressaltados quando a escolha era sem limite. Os últimos dois itens alistados abaixo ressaltam áreas novas. Elas são importantes, ainda que bem menos importantes do que os primeiros itens na lista.
1) Ter um pastor apaixonado para o pastoreio ou mentoria de pastores e designado para isso (56%).
2) Você (a pessoa que respondeu à pesquisa) ser mentoreado ou ter um líder pastoral (49%).
3) Todos os pastores em seu círculo serem encorajados a serem pastoreados ou mentoreados (31%).
4) Esse pastor levantar uma equipe para estender esse pastoreio ou mentoria (27%).
5) Esse pastor (aquele que lidera o pastoreio de pastores na denominação) ser mentoreado ou ter um líder pastoral (26%)
6) Todos os pastores serem encorajados a pastorearem ou mentorearem outros líderes chaves que a sua vez aprenderiam reproduzir isso em outras pessoas (25%)
No final da pesquisa, quando foram perguntados sobre a importância de um movimento ou rede de pastoreio de pastores em seu contexto, ninguém deu nota baixa. Umas poucas pessoas (6%) indicaram uma importância não muito alta dando notas de 6 ou 7. Mais de um quarto (27%) indicaram uma alta importância (notas 8 ou 9) e a grande maioria (67%) indicou a importância máxima: nota dez. Aparentemente existe uma necessidade sentida para este ministério na maioria das 34 denominações que participaram da pesquisa.
Para encerrar, perguntamos “quanto tempo semanalmente, você estaria disposto a dar para que isso se torne uma realidade em seu contexto?” Fica claro que a grande maioria (89%) não tem um chamado para se dedicarem ao pastoreio de pastores. Mas houve um grupo diferente (11%). Quatro pessoas responderam que dariam 11-20 horas e quatro pessoas indicaram 30 horas ou mais. Essas pessoas são bem estratégicas no movimento de pastoreio de pastores. Precisamos encontrar mais pessoas como elas, com chamado e paixão. Sonhamos em Deus levantar pelo menos uma pessoa que possa ser tempo integral nisso em cada denominação acima de 100 pastores no Brasil.
[1] Se quiser receber uma cópia da pesquisa, da tabulação das respostas ou do relatório mais detalhado de sete páginas com tabelas e mais informações, peça isso da Elis Negrão <mapi@uol.com.br>.